Esta mensagem me foi enviada pelo meu amigo Jorge:
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Jorge Lima
atualizou seu status: "Abrir mão é um grande aprendizado. Abra mão.
Deixe a areia escoar entre os dedos, não tente segurá-la. Permita que o
vento leve as plantas sem raiz, como o fluxo do rio carrega detritos, a
natureza absorve os corpos e os transforma em outra coisa.
Como o tempo que leva a juventude em troca de sabedoria, as experiências
sobrepondo-se, alterando cenários, recolocando-nos em novas perspectivas.
É preciso saber abrir mão.
Fazer como o corpo que se refaz enquanto células renovam, a primavera que
chama o verão, o verão cede vez ao outono, o outono, amigo do inverno,
nada fica, o tempo que vem, o tempo que vai. Nenhum segundo se mantém,
fragmento de tempo chamado agora, jamais se fixa; um segundo, depois
outro, e outro de novo.
Abrir mão da imagem, do vigor, da reputação, da saúde que o tempo um dia
leva. Abrir mão dos que vão, dos dias que não ficam, das memórias que se
apagam.
Como o dia que apaga e vem a noite. A noite termina, abre mão do silêncio
e vem o sol anunciando que ela se foi, de novo, novo fluxo, novo dia. E o
dia escoa entre os dedos, entre os galhos, entre as sombras que a noite
engolirá.
Abrir mão é assumir-se impermanente. Rendição à corrente das águas, ao
mistério da vida, ao fluxo da graça que destrói e refaz, nos cerca e dá a
perspectiva do tempo e de tudo o que ele nos leva, nos traz, nos faz
aprender que, para que a vida se renove, é preciso esvaziar-se, morrer
para viver. Abrir mão é um grande aprendizado."
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